Calma! Apelo à calma, senão mando a segurança evacuar o blog!
Cumpro hoje o que prometi, ou seja, enfiar o WipeOut no blog. Por isso e sendo segunda-feira, como deve estar tudo de trombas por mais um dia de trabalho / estudo, decidi alegrar um pouco a noite a certas e determinadas pessoas (assim de cabeça lembro Norritt, Roshi, Hernandez, Luxxx, Dredmingos, PacmanReis, Raziel, Factory81... devo estar a esquecer-me de alguém... bom, o Namorado é mais rodas... ai, esta minha cabeça).
Não se safam é da lição de história, claro. Pelo menos, é engraçada. A ideia para o jogo surgiu numa noitada em plena discoteca onde o pessoal da Psygnosis já estava mais feliz que o normal (leia-se: bebedolas) e começaram a falar de como seria espetacular fazerem um F-Zero em verdadeiro 3D, com música do mesmo estilo que se ouvia no momento na discoteca. Para apimentar a coisa, armas ao estilo de Super Mario Kart q.b.
Foi assim (acreditem ou não, eu acredito, foi contado em 1ª pessoa na Retrogamer de há uns meses atrás) que após curada a ressaca, se começaram a fundar os primeiros passo para a obra de arte que é o WipeOut da Playstation. E claro, passaporte para a Psygnosis ter sido comprada pela Sony, após verem o que eles estavam a fazer no seu hardware.
Dois factores extra que contribuiram imenso para o êxito do jogo foram The Designers Republic e CoLD SToRaGe. A arte do grupo Designers Republic é uma constante no WipeOut, é incrivel como por exemplo, o seus icons minimalistas facilmente nos dão logo a entender o que faz cada powerpup. Já o Tim Wright é uma referência do Amiga (Lemmings, Shadow of the Beast2 e 3), por isso reencontrál-o estes anos mais tarde sob o novo pseudónimo de CoLD SToRaGe, a fazer música electrónica foi um grande bónus. Fez há uns meses 40 anos, 20 deles dedicados à carreira musical. Foi graças a ele que para além da inspiração, aprendi muita coisa através de inúmeros programas (Music na PSX, eJays no PC) que trouxeram criação de música a pessoas sem qualquer treino na dita.
Parabéns se leram tudo até este parágrafo sem irem ver o logo o filme. Aprecio a vossa atenção.
Mantendo a tradição do "gelo e neve", aqui fico eu a dar três voltinhas a SilverStream, ao som emblemático de CoLD SToRaGe - Cold Confort, uma música usada e abusada no Templo dos Jogos.
Não liguem à minha prestação completamente digna de uma besta ao volante, estava numa de ver as vistas e bater nas curvas todas...
Portanto, se é permitido ao Johnny Rotten proclamar em alto e bom som (sabe-se lá se no total controlo das suas faculdades) "I am England!", eu findo berrando em alto e bom som, no total domínio das minhas capacidades mentais (psicóticas), em nome de todos os nomes referidos no ínicio deste post e todos os outros que andam por aí perdidos neste meu belo país à beira mar:
"WE ARE THE WIPEOUT GENERATION!"
E ninguém nos pode parar, pois o futuro é rápido, cheio de luzinhas e a única certeza é a quantidade de "beats per minute" da banda sonora das nossas vidas. Se ontem vos dei rock, hoje dou-vos electronica. I love my DR.
Lá estou eu de volta à música... o que fazer, é complicado dividir a minha paixão entre a música e os jogos, como é fácil de deduzir.
Na recta final de 1996, havia um jogo que teimava em não sair das nossas PSX. De facto, a sequela muito melhorada do original. Estou a falar, claro está de WipeOut 2097.
Muito mais do que um jogo, era um CD de música brilhante, embora tivesse apenas duas faixas do mítico Tim Wright (CoLD SToRaGe)*, as restantes eram compostas por bandas que até hoje continuam a ser uma referência na música electrónica.
E hoje deu-me na telha estar a ouvir o CDRisotto dos Fluke, editado em 1997. Custa acreditar, não é? Já lá vão 10 anos e para mim, foi ontem.
O grande atractivo não era propriamente por eles terem duas faixas exclusivas na banda sonora do jogo, mas sim o videclip que passava por vezes na MTV que nos deixava sempre embasbacados. De facto, todo o CD de certeza teve um grande empurrão do WipeOut, pois o videoclip que falo é "Atom Bomb". No caso de não conhecerem, aqui fica:
Sim, a bébe tem uma bomba nuclear. E sim, de facto, era de 22 megatoneladas. No entanto, outro videoclip da faixa que abria o CD era igualmente uma delicia para os sentidos, embora fosse absurdo. Tão absurdo, de facto, que mesmo que eu vos tentasse explicar, dizendo "O papá Smurf anda a porrada com o capitão Kirk do planeta Terra", já a maioria de voçês estaria a ligar para o hospício. Antes que tal suceda, carregai no play aqui em baixo:
Os jogos, bons ou maus, vão e vêm. Mas a boa música, uma boa banda sonora, fica para sempre. Prova disso é a lista de músicas no meu leitor de MP3. Desde Amiga a Super Nintendo até Playstation ou GameCube, de tudo um pouco.
De notar que se não fosse o WipeOut, se calhar o meu hobby musical teria muito provavelmente ficado pelo Commodore Amiga. Se não fosse pelo WipeOut, esta página não existiria.
Assim me despeço, tendo a certeza que quem ler isto, se calhar nunca ponderou o que uma música memorável pode fazer por um jogo, filme, série de TV ou até mesmo uma ida de elevador do piso -1 ao piso 7 no El Corte Inglés. Bela música de elevador que eles lá passam...
* Por grande sorte minha, quando comprei a minha Power VR para o PC, vinha grátis com o WipeOut 2097! A versão de PC, como a da Saturn, tinha a banda sonora completamente a cargo de CoLD SToRaGe! Pouparam nas licenças e quem ficou a ganhar fui eu!