Ainda hoje tenho arrepios do resultado final deste filme. Andava bem inspirado nestes tempos, andava... e a jogar Excite Truck como se não houvesse dia de amanhã.
Bem vindos à estreia da minha coluna pessoal, onde escrevo do que me der na cabeça, sobre assuntos que mais ninguém pensa sem ser eu, porque realmente, tenho tempo e preocupações a mais.
Numa semana que as notícias mais importantes que não reportarmos aqui no blog estão frescas na mente de todos (maminhas, wiimotes... se não sabem do que estou a falar, Google nisso) não me posso deixar de lembrar que o corpo feminino é uma obra de arte. Eu sei disso, vocês sabem disso e acreditem, elas sabem muito bem disso...
Permitam-me então apresentar dois "case studies" de personagens femininas num videojogo, Lady e Trinity do Devil May Cry:
Como em qualquer sector de entretenimento/arte, as mulheres são usadas nos jogos como apelo visual normalmente para o público alvo (ou seja, nós rapazolas). Felizmente (mas não tão depressa como deveria ser), começa cada vez mais a haver personalidades fortes para além dos seus modelos de físico impossível, atrás destas duas há de facto uma personalidade forte.
Apreciei e muito esse facto, tanto com a Trinity no Devil May Cry como a Lady no Devil May Cry 3, pois muito além da típica "femme fatale", ambas de facto contribuem para o enredo. Muito mais do que apelarem simplesmente pela sua figura física, apelam à coisa que é o mais díficil de conseguir e ainda está por explorar neste meio: sentimentos.
Não estou a falar dos calorzinhos que se sentem pelo pescoço a cima, quando a Capcom usa planos de camêra para mostrar as curvas virtuas de cada uma a cada hipótese possível. Falo sim do facto de eu como jogador na pele do Dante ficar incomodado ao ver a Trinity a sacrificar-se por descobrir a sua verdadeira origem, ou a Lady ao saber quem e o seu pai. É engraçado, como num dos jogos que é considerado dos mais machistas no mercado (Dante, porrada, armas, espadas, más linhas de engate, etc...) eu fui encontrar duas personagens femininas fortes. Diga-se, o mesmo sucede no Metal Gear Solid... mas esse fica, quiçá, para outro dia.
Com a nova geração, é tempo de Lady e Trinity receberem um makeover digno da 360º e PS3:
Não faço ideia se ainda está alguém a ler esta parte do post. Poderia dar largos à minha liberdade de expressão e começar a dizer barbaridades, mas prefiro continuar na minha linha de pensamento. Sim, isto é pura pornografia visual, algo que tem vindo a acontecer com todos os jogos da corrente geração do lineup das máquinas da Sony e da Microsoft. Mas ao contrário de quase todos, eu não sou indiferente ao Devil May Cry 4: Dante Must Die.
De facto, considero o original uma obra de arte, em todos os níveis (gráficos, som, jogabilidade... enfim, comprei a PS2 por causa dele e está tudo dito) e penso que não vou ficar desiludido com este quarto capítulo que está a meros dois meses e meio de distância. No entanto... questiono-me que uso é que vão dar às meninas, que tiveram um belo papel de destaque na série de anime.
Enfim, é mesmo uma indústria de homens feita para homens... mas por algum lado esse preconceito feioso há-de quebrar de vez. O Devil May Cry definitivamente não é o jogo que fará isso... mas nunca se deve julgar o livro pela sua capa, pois foi lá dentro eu descobri duas personagens femininas que me fizeram, de facto, querer saber delas, algo que não acontecia desde que vi o Sephirot enfiar uma lâmina de um lado ao outro da Aeris.
Ela refere-se aos seus olhos, claro. Contem com a demo do jogo bem cedo em 2008, para começar logo bem o ano.