Conta-nos o site Planet-Nintendo, que o sucessor do excelente F-Zero GX da Gamecube dará pelo nome de F-Zero Z. O jogo de corridas futuristas contará com modo online e um sistema de armas nas naves. Conta-se que este novo título da Wii faça a sua primeira aparição pública na E3 2008.
"GO FAST!". Esta é a mensagem subliminar que se pode "ler" nos neons logo na primeira pista, a já tradicional Mute City. Digo "ler" entre aspas, pois de facto, quando se corre a velocidades médias de 1500 km/h, apenas temos uma breve percepção das letras.
Comprei este jogo assim que apareceu por cá, no ínicio de Novembro de 2003. Não tinha uma GameCube, essa só chegou a minha casa a 2 de Janeiro de 2004, mas comprei e ficou em casa do Norritt, sendo a sua GameCube roxa o intrumento para ver pela primeira vez esta obra de arte.
Era um jogo muito especial. O casamento completamente utópico há uns anos atrás entre a Nintendo e a Sega, uma colaboração directa entre ambas as equipas AMV da Sega e EAD da Nintendo... uma "dream team" em pleno sentido da expressão.
Já andava em pulgas, depois de ter feito download de algumas trailers da GameOvere lido na EDGE de Outubro de 2003 "(...) F-Zero GX has it where it counts. The combination of blistering speed, responsive controls and rivals with genuine personality makes this one of the most addictive games of the year." Nada poderia ser mais verdadeiro.
F-Zero GX é para mim a expressão mais pura de um Videojogo (com V maiúsculo), é incrível o quanto nos é oferecido neste pequeno DVD.
Muito foi adicionado à velha fórmula dos F-Zeros anteriores. GX era mais em tudo, uma explosão de adrenalina, velocidade, música (a banda sonora conta com 85 faixas diferentes!), pistas de uma beleza incomparável a qualquer título da altura (mesmo hoje, ao lado das consolas da corrente geração, não ficam nada mal), 41 pilotos(cada um com o seu tema musical) e naves diferentes, sendo que 29 deles sempre ao mesmo tempo nas pistas conosco, disputando o mítico 1º lugar.
Repescada e expandida veio uma das melhores adições da expansão do F-Zero X para o malogrado DD64, a construção das nossas próprias naves. É possível escolher de diversas partes que vamos comprando ou desbloqueando ao longo do nosso progresso no jogo, divididas em três partes: cockpit, body e engine. Não existe uma máquina "perfeita", mas existem várias possibilidades interessantes que permitem a cada pessoa ter o seu próprio veículo que se adapte ao seu estilo de jogo. Brilhante!
No entanto, há algo neste jogo que é preciso ter em conta: a dificuldade. Cito da crítica da GameOver "Conclusão, a Amusement Visions fez um excelente trabalho, dando um novo fôlego à saga F-Zero. Peca (...) por um nível de dificuldade que não se adapta ao comum dos mortais. ".
Isto é que apanha a maior parte dos jogadores sem qualquer aviso, rapidamente levando À frustração e perda do desejo de continuar a jogar. O modo "Story" do jogo que acompanha as andanças do Cpt. Falcon, é muito possívelmente dos desafios mais difíceis que já fui confrontado em toda a minha vida de gamer. Escusado será de dizer que completar o referido modo, vos recompensava com umas peças extremamente deliciosas para contrução da nossas naves...
F-Zero GX não é para os fracos do coração e de paciência. Penso que o mercado "casual" que se cada vez mais vai pronunciando nesta geração, se vissem este jogo, eram capazes de ir parar ao psiquiatra... "Mas doutor, eu consigo acabar todos os jogos da Nintendo, porque é que este faz de mim um imbecil inapto incapaz de manter a nave na pista!?". Quando forem começar a jogar a este jogo (por favor, se tiverem uma Wii, façam por jogar a este jogo!), metam logo o vosso ego de férias, porque tudo o que pensam que sabem sobre jogos de corrida vai ser testado a limites que nem voçês imaginariam possíveis.
Bem, já que falei tanto na construção de naves, deixo-vos aqui um vídeo com as 4 meninas dos meus olhos: a minha garagem pessoal. Já agora, é bem possível que mesmo tendo o jogo, nunca tenham visto nem as peças que usei na construção, nem duas das quatro pistas. Press Play!
Para mim, o único problema deste jogo é que me fez ficar extremamente exigente. Nenhum jogo de corridas me parece rápido o suficiente (embora o Excite Truck seja o que mais próximo existe de sequela espiritual). Enquanto escrevo este post, só me apetece ir jogá-lo... nada a fazer, sou mesmo um animal de hábitos... acreditem, se a Wii não fosse compatível, a minha GameCube ainda estaria montada.
Cá fico a pensar no meu pequeno mundo, e deixo o desafio à Nintendo: Como é que se supera a perfeição? Eles sempre me conseguiram surpreender com a evolução dos seus IPs... mas este, é-me mesmo muito, muito especial. Venha de lá o que vier em 2008,eu só peço uma coisa:
GO FAST!
F-Zero GX Fun Fact #1: O jogo foi contruído numa versão melhorada e customizada do motor do Super Monkey Ball da GameCube, feito pela AMV.
F-Zero GX Fun Fact #2: Foi o primeiro jogo a suportar o modo EDTV 16:9 480pna GameCube! Infelizmente, este modo foi retirado nas versões europeias, ficando então restricto às versões americanas e japonesas, onde na altura já existia uma percentagem razoavél de TVs que suportavam este modo, hoje o standard dos jogos na Wii. Enfim, na altura, o meu pai comprou uma Wega Engine da Sony... e mesmo em apenas 16:9 com ficha SCART, o jogo é simplesmente fabuloso.
PS: A perfeição é subjectiva. A minha experiência de vida permitiu-me concluir que este jogo é com Super Mario Galaxy,10 em 10. Transcende a sua geração, é um clássico intemporal.
Shiryu
Estadus Psicologicus:
Adeptus Musicalis: Bear McCreary - Battlestar Operatica
Já me sentia mal por não vos ter falado do F-Zero antes do WipeOut. Corrijo hoje esse lapso.
Este foi o jogo que me fez comprar uma Super Nintendo. As imagens que via paradas nas revistas Hobby Consolas espanhola e Super Power francesa intrigavam-me. O jogo foi o primeiro título a ser lançado no Japão ao lado do Super Mario World em 1990. Para mim, na realidade Commodore Amiga, os jogos de corridas eram todos feitos à base de sprite scaling (Lotus, Jaguar, etc) por isso, a proposta do Mode 7 era completamente irresistível, fazer de uma superfície 2D passar a ser 3D.
A Nintendo poderia perfeitamente ter feito um "tech demo", mas em vez disso, e como sempre o faz, desenha jogos em torno da sua tecnologia. Assim surgiu o F-Zero, a génese de um sub-género de videojogos, as corridas futuristas com naves antigravitacionais.
Foram precisos dois anos para a Super Nintendo chegar à Europa. Num mundo onde a Internet era apenas para alguns e o YouTube meraficção cinetífica, eu vi o F-Zero em movimento somente no dia que trouxe para casa a minha SNES. E esse dia mudou tudo. Velocidade? Sim, sim, temos disso!
18 anos depois e o jogo original continua a representar a forma mais pura de corridas deste género. Incrível como foi possível colocar 15 pistas diferentes num cartucho de 4 megabits (512 kbytes).
A Megadrive nunca conseguiu ter um título que fizesse frente ao F-Zero. Eu fiz a minha escolha baseado no que li num único exemplar da revista americana GamePro, onde dedicaram várias páginas aos jogos e especificações técnicas da Super Nintendo. Se não tivesse comprado essa revista, teria saltado do Amiga para a Megadrive e nunca teria jogado F-Zero. Mesmo sofrendo do síndrome "Nintendo é para putos" e o sempre desagradável gozo dos meus colegas no Secundário (claro, toda a gente tinha Megadrive, excepto um reduzido número de pessoas que... como heide dizer, neste meu belo país Sony Playstation sem ofender ninguém... "que tiveram a coragem de pensar diferente" ? Isto não ofende ninguém, pois não? ok, siga...), olhando para trás... não só não mudaria nada, como me sinto com sorte por ter conseguido "viver" os grandes jogos como o F-Zero feitos na melhor consola de todos os tempos, a Super Nintendo, apesar de ter nascido em Portugal.
Aqui fica White Land I e White Land II, seguindo a temática da neve e gelo aqui no ExGaD versão natalícia:
Facto curioso (ou não) o F-Zero foi o meu primeiro jogo de SNES. Comprei a Nintendo 64 quando saiu o F-Zero X. Comprei o GBA com o F-Zero Maximum Velocity. Comprei a GameCube quando saiu o F-Zero GX (ui...este fica para daqui a uns dias). O primeiro jogo a ser jogada na minha Wii foi o F-Zero que comprei na Virtual Console (para grande diversão dos meus pais, que ainda se lembravam dele). Portanto, aqui fica o pensamento final: Onde está o F-Zero da DS e da Wii, senhores da Nintendo? E olhem que eu ainda não me esqueci que também nos devem uns quantos Pilotwings...
Shiryu
Estadus Psicologicus:
Adeptus Musicalis: Ace Combat 4 Shattered Skies - Megalith-Agnus Dei